Segundo o advogado especialista, Carlos Alberto Arges Junior, a legislação ambiental impõe diversas responsabilidades às pessoas físicas e jurídicas que, de alguma forma, interagem com o meio ambiente. A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 225, estabelece que todos têm o dever de defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações.
Como funciona a responsabilidade civil por danos ambientais?
A responsabilidade civil ambiental no Brasil é objetiva, ou seja, independe da comprovação de culpa; basta que se comprove o dano e o nexo causal entre a atividade desenvolvida e o prejuízo ambiental. Isso significa que o poluidor é obrigado a reparar os danos causados, mesmo que não tenha agido com intenção ou negligência, já que essa responsabilidade objetiva visa garantir a efetiva proteção do meio ambiente.
O doutor Carlos Alberto Arges Junior expõe que a Lei de Crimes Ambientais (Lei n.º 9.605/98) tipifica diversas condutas lesivas ao meio ambiente, prevendo penas que vão desde multas até a reclusão. Entre os crimes ambientais estão a poluição, o desmatamento ilegal e a caça de animais silvestres; tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem ser responsabilizadas penalmente. No caso das empresas, as sanções podem incluir a suspensão de atividades e interdição temporária ou definitiva.

Como o licenciamento ambiental pode mitigar riscos jurídicos?
O licenciamento ambiental é um procedimento administrativo que visa avaliar e autorizar a instalação e operação de atividades que possam causar impactos ao meio ambiente. Ao obter as licenças necessárias — Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO) —, o empreendedor demonstra conformidade com as exigências legais e adota medidas preventivas para minimizar os impactos ambientais.
Além das esferas civil e penal, infrações ambientais podem acarretar sanções administrativas, explica o Dr. Carlos Alberto Arges Junior. Essas sanções incluem multas, embargos de obras, suspensão de atividades e apreensão de equipamentos; as multas podem variar conforme a gravidade da infração e o porte do empreendimento, podendo alcançar valores significativos.
Como as empresas podem se preparar para evitar riscos jurídicos ambientais?
Para mitigar riscos jurídicos associados ao impacto ambiental, as empresas devem adotar uma postura proativa, destaca Carlos Alberto Arges Junior. Isso inclui a implementação de sistemas de gestão ambiental, a realização de auditorias periódicas, o treinamento de funcionários e a busca constante por práticas sustentáveis. Além disso, é essencial manter-se atualizado sobre as mudanças na legislação ambiental.
O advogado Carlos Alberto Arges Junior, ressalta que a sociedade desempenha um papel crucial na proteção ambiental, atuando como fiscalizadora e denunciando práticas que causem degradação. Cidadãos podem reportar infrações ambientais aos órgãos competentes, como secretarias municipais e estaduais de meio ambiente, além do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Por fim, a legislação ambiental brasileira é considerada uma das mais avançadas do mundo, incorporando princípios e diretrizes de importantes acordos internacionais, como a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992. Comparativamente, enquanto o Brasil possui uma estrutura legal robusta, desafios persistem na aplicação consistente das leis e na prevenção de retrocessos ambientais.
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